Mariposa, do luxo da cidade
Foste queimar as tuas asas por aí
Eu vivo no horror desta saudade
Lembrando os beijos longos que perdi de ti
Um sorriso, uma frase, uma esperança
E o barulho urbanista de um motor
Mentiu o teu olhar de Corça mansa
Que era fingido como teu amor
Recordo os dedos longos que ostentava
Em cada ponta um espelhinho oval
Dedos que osculei louco sentindo
Em cada um fio teu punhal
E abrindo agora o vidro de perfume
Que meus sentidos, tanto inebriou
Sinto o aroma teimoso do ciúme
E tu és o perfume intenso que acabou
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