Para todos tens carinhos
A ninguém mostras rigor!
Que rosa és tu, sem espinhos?
Ai, que não te entendo, flor
E a borboleta vaidosa
A desdém te vai beijar
O mais que lhe fazes, rosa
É sorrir e é corar
E quando a sonsa da abelha
Tão modesta em seu zumbir
Te diz: Ó rosa vermelha
Bem me podes acudir
Tu, de lástima rendida
De maldita compaixão
Tu, ó súplica atrevida
Sabes tu dizer que não?
Tanta lástima e carinhos
Tanto dó, nenhum rigor
És rosa e não tens espinhos
Ai que não te entendo, flor
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