No silêncio do ser
O mistério que é viver
A busca em si
Atento ao calar
Fez-se a palavra e o mito
Vinda de um inocente grito
De medo e dor
De incompreensão
Entender o seu entorno
A vida, a morte, em um tempo outro
O porquê do céu e mar
Existe sentido buscar?
E a natureza?
Qual será a razão, se tudo for em vão e eu não puder explicar?
Não bastava ao homem
Era necessário um nome, um símbolo, uma ideia
Que fosse capaz de transcender, o exaustivo ato de viver
Mas a cada ritual
Foi institucionalizado o mal
O açoite e o pão
A fé como obrigação
Validaram leis e dogmas
Com admiráveis estruturas sólidas
A solidão
Pedra e barro preencherão
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